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O que é a cibersegurança?

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21 abril 2025
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O que é a cibersegurança?

A cibersegurança diz respeito a todas as medidas destinadas a salvaguardar uma organização, os seus funcionários e bens contra riscos provenientes do ciberespaço. Com o aumento da frequência e da complexidade dos ataques informáticos, bem como da crescente sofisticação das redes empresariais, torna-se essencial implementar várias soluções de cibersegurança para reduzir a exposição das empresas a ameaças digitais.

Tipos de segurança cibernética

Segurança de rede

A maioria dos ataques tem origem na rede, sendo por isso essencial recorrer a soluções de segurança específicas que permitam detetar e impedir essas ameaças. Entre estas soluções encontram-se mecanismos de controlo de dados e de acesso, como os controlos de aplicações, a Prevenção de Perda de Dados (DLP), a Gestão de Identidades e Acessos (IAM), o Controlo de Acesso à Rede (NAC) e os firewalls de próxima geração (NGFW), que ajudam a impor políticas de navegação segura na internet.

As tecnologias mais avançadas e em múltiplas camadas para prevenção de ameaças em rede incluem o Sistema de Prevenção de Intrusões (IPS), antivírus de nova geração (NGAV), sistemas de sandboxing e a Reconstrução e Desarmamento de Conteúdos (CDR). A par destas, são também fundamentais a análise comportamental da rede, a identificação proativa de ameaças e o uso de tecnologias automatizadas como o SOAR (Orquestração e Resposta em Segurança).

Segurança de nuvem

À medida que as empresas recorrem cada vez mais à computação em nuvem, garantir a segurança nesse ambiente torna-se uma prioridade essencial. A proteção na nuvem envolve uma combinação de soluções, políticas, controlos e serviços de cibersegurança concebidos para salvaguardar todos os elementos da infraestrutura em nuvem de uma organização — incluindo aplicações, dados e sistemas — contra possíveis ameaças.

Apesar de muitos fornecedores de serviços em nuvem disponibilizarem funcionalidades de segurança, estas nem sempre são suficientes para assegurar um nível de proteção adequado às exigências empresariais. Por isso, é frequentemente necessário recorrer a soluções adicionais de terceiros, que reforcem a defesa contra fugas de informação e ataques direcionados nos ambientes de nuvem.

Segurança do endpoint

O modelo de segurança de confiança zero defende a criação de microssegmentações em torno dos dados, independentemente da sua localização. Uma forma eficaz de implementar este princípio num contexto de força de trabalho móvel é através da segurança dos endpoints. Esta abordagem permite proteger os dispositivos dos utilizadores finais — como computadores portáteis e de secretária — através de mecanismos de controlo de dados e de rede, bem como ferramentas avançadas de prevenção de ameaças, como proteção contra phishing e ransomware.

Além disso, a segurança dos endpoints recorre a tecnologias que possibilitam uma análise forense detalhada, como é o caso das soluções de deteção e resposta em endpoints (EDR), que ajudam a identificar, investigar e responder a incidentes de segurança nos dispositivos.

Segurança Móvel

Frequentemente negligenciados, os dispositivos móveis — como smartphones e tablets — também acedem a dados empresariais, representando um ponto vulnerável face a ameaças como aplicações maliciosas, ataques de dia zero, tentativas de phishing e mensagens instantâneas. A segurança móvel tem como objetivo prevenir este tipo de ataques, protegendo tanto os sistemas operativos como os próprios dispositivos contra práticas como o root e o jailbreak.

Quando integrada numa solução de Gestão de Dispositivos Móveis (MDM), esta proteção permite às organizações assegurar que apenas dispositivos devidamente configurados e compatíveis possam aceder aos recursos corporativos, reforçando assim a segurança global da infraestrutura digital.

Segurança da IoT

Apesar dos ganhos em produtividade proporcionados pela utilização de dispositivos da Internet das Coisas (IoT), esta tecnologia também introduz novos riscos em termos de cibersegurança. Os atacantes procuram explorar dispositivos conectados à Internet que estejam vulneráveis ou mal configurados, usando-os como ponto de entrada para redes empresariais ou integrando-os em redes de bots distribuídas.

A segurança da IoT visa proteger estes dispositivos através da deteção e classificação dos equipamentos ligados, da segmentação automática da rede para controlar as suas atividades e da aplicação de sistemas de prevenção de intrusões (IPS), que funcionam como uma espécie de patch virtual contra falhas conhecidas. Em alguns casos, é ainda possível reforçar a segurança ao nível do firmware do dispositivo, adicionando pequenos agentes capazes de prevenir ataques e explorações em tempo real.

Aplicativo Segurança

Tal como qualquer sistema ligado diretamente à Internet, as aplicações web são frequentemente visadas por agentes maliciosos. Desde 2007, a OWASP tem identificado as 10 principais vulnerabilidades críticas em aplicações web, incluindo falhas como injeções de código, autenticação comprometida, configurações incorretas e ataques de scripts entre sites (cross-site scripting), entre outras.

Através da segurança aplicada às aplicações, é possível bloquear os ataques associados à lista OWASP Top 10. Esta abordagem também ajuda a travar ataques automatizados realizados por bots e a impedir qualquer interação maliciosa com as aplicações e respetivas APIs. Graças a mecanismos de aprendizagem contínua, estas soluções garantem que as aplicações se mantêm protegidas, mesmo quando equipas de DevOps introduzem atualizações ou novos conteúdos.

Confiança Zero

O modelo de segurança tradicional baseia-se na proteção do perímetro, erguendo defesas em torno dos recursos mais valiosos de uma organização. No entanto, esta estratégia apresenta diversas limitações, como a vulnerabilidade a ameaças internas e a crescente eliminação dos limites claros da rede, impulsionada pela evolução tecnológica.

Com a migração de ativos empresariais para fora das instalações — impulsionada pela adoção da computação em nuvem e pelo aumento do trabalho remoto — torna-se evidente a necessidade de uma abordagem diferente. O modelo de confiança zero propõe uma segurança mais detalhada e adaptada ao contexto atual, focando-se na proteção de recursos específicos através de técnicas como a microssegmentação, o controlo rigoroso de acessos com base em funções e o monitoramento contínuo.

Principais ameaças de cibersegurança

As ameaças cibernéticas atuais são muito diferentes das que existiam há alguns anos. Com a constante evolução das táticas e ferramentas utilizadas pelos cibercriminosos, as organizações precisam de uma proteção que abranja tanto as ameaças presentes como as que podem surgir no futuro.

Ataques à cadeia de suprimentos

Historicamente, as iniciativas de segurança em muitas organizações focaram-se em proteger seus próprios aplicativos e sistemas. Ao reforçar o perímetro e limitar o acesso a usuários e aplicações autorizados, as empresas tentam impedir que agentes maliciosos invadam a sua rede.

No entanto, um aumento nos ataques à cadeia de abastecimento revelou as falhas desta abordagem, evidenciando a disposição e a capacidade dos cibercriminosos para explorar essas vulnerabilidades. Incidentes como os ataques à SolarWinds, ao Microsoft Exchange Server e à Kaseya mostraram que as relações de confiança com outras organizações podem representar um ponto fraco na estratégia de cibersegurança corporativa. Ao explorar uma empresa e aproveitar essas relações de confiança, um atacante pode ganhar acesso às redes de todos os seus clientes.

Para proteger contra ataques à cadeia de abastecimento, é fundamental adotar uma abordagem de confiança zero. Embora parcerias e relações com fornecedores sejam essenciais para os negócios, o acesso de usuários e software de terceiros deve ser restrito ao mínimo necessário para a realização das suas funções, sendo também sujeito a monitoramento constante.

Ransomware

Embora o ransomware exista há várias décadas, ele só se tornou a principal forma de malware nos últimos anos. O surto do ransomware WannaCry revelou a viabilidade e a rentabilidade desses ataques, o que resultou em um aumento significativo nas campanhas de ransomware.

Desde então, o modelo de ransomware passou por uma evolução considerável. Antes, o ransomware limitava-se a criptografar arquivos, mas atualmente ele também rouba dados para extorquir a vítima e seus clientes, num modelo de extorsão dupla ou tripla. Alguns grupos de ransomware vão ainda mais longe, ameaçando ou realizando ataques de Negação de Serviço Distribuída (DDoS) para pressionar as vítimas a pagarem o resgate.

O crescimento do ransomware também foi impulsionado pelo surgimento do modelo "Ransomware como Serviço" (RaaS), onde os desenvolvedores de ransomware disponibilizam o seu malware a "afiliados" para que o distribuam, em troca de uma parte do valor do resgate. Esse modelo permitiu que muitos grupos criminosos cibernéticos tivessem acesso a malware sofisticado, tornando ataques mais complexos e comuns. Como resultado, a proteção contra ransomware tornou-se um elemento essencial em qualquer estratégia de cibersegurança corporativa.

Phishing

Os ataques de phishing têm sido, durante muito tempo, a forma mais comum e eficaz de os cibercriminosos obterem acesso aos sistemas corporativos. Muitas vezes, é mais fácil enganar um usuário para que clique em um link ou abra um anexo do que explorar uma vulnerabilidade nas defesas da organização.

Nos últimos anos, os ataques de phishing tornaram-se mais sofisticados. Embora os primeiros golpes de phishing fossem relativamente fáceis de identificar, os ataques atuais são tão convincentes e refinados que se tornam praticamente indistinguíveis de e-mails legítimos.

A formação em cibersegurança para sensibilizar os funcionários já não é suficiente para proteger contra os ataques modernos de phishing. Para mitigar esse risco, é essencial adotar soluções de cibersegurança que consigam identificar e bloquear e-mails maliciosos antes mesmo de chegarem à caixa de entrada do utilizador.

Malware

As diferentes gerações de ataques cibernéticos têm sido definidas principalmente pela evolução do malware. Autores de malware e defensores de segurança estão em um jogo contínuo de gato e rato, onde os invasores tentam desenvolver técnicas que ultrapassem ou contornem as mais recentes tecnologias de defesa. Quando os invasores têm sucesso, surge uma nova geração de ataques cibernéticos.

O malware moderno é rápido, discreto e altamente sofisticado. As técnicas de detecção utilizadas pelas soluções de segurança mais antigas, como a detecção baseada em assinaturas, já não são eficazes. Muitas vezes, quando os analistas de segurança conseguem identificar e reagir a uma ameaça, o dano já foi causado.

A detecção por si só não é mais suficiente para proteger contra ataques de malware. Para mitigar a ameaça do malware da geração V, é necessário adotar soluções de cibersegurança focadas na prevenção, bloqueando o ataque antes que ele inicie e evitando qualquer dano à organização.

A Necessidade de uma Arquitetura de Cibersegurança Consolidada

No passado, as organizações conseguiam se proteger com uma combinação de soluções de segurança independentes, cada uma focada em ameaças ou casos de uso específicos. Os ataques de malware eram mais raros e menos sofisticados, e as infraestruturas corporativas eram menos complexas.

Atualmente, as equipes de cibersegurança frequentemente se vêem sobrecarregadas ao tentar gerenciar essas arquiteturas de segurança complexas. Isso ocorre devido a vários fatores, incluindo:

  • Ataques sofisticados: Os ataques cibernéticos modernos não podem mais ser detectados com abordagens legadas à Cibersegurança. É necessária visibilidade e investigação mais aprofundadas para identificar campanhas de ameaças persistentes avançadas (APTs) e outros atores sofisticados de ameaças cibernéticas. Os ataques cibernéticos modernos não podem mais ser detectados com abordagens legadas à Cibersegurança. É necessária visibilidade e investigação mais aprofundadas para identificar campanhas de ameaças persistentes avançadas (APTs) e outros atores sofisticados de ameaças cibernéticas.

  • Ambientes Complexos: A rede corporativa moderna se espalha por infraestrutura local e vários ambientes de nuvem. Isso torna muito mais difícil o monitoramento consistente da segurança e a aplicação de políticas em toda a infraestrutura de TI de uma organização.

  • Endpoint heterogêneo: a TI não está mais limitada aos desktops e laptops tradicionais. A evolução tecnológica e as políticas de traga seu próprio dispositivo (BYOD) tornam necessária a proteção de uma série de dispositivos, alguns dos quais a empresa nem sequer possui.

  • Ascensão do trabalho remoto: A resposta à pandemia da COVID-19 demonstrou que os modelos de trabalho remoto e híbrido eram viáveis para muitas empresas. Agora, as organizações precisam de soluções que lhes permitam proteger eficazmente a força de trabalho remota , bem como os funcionários locais.

Tentar enfrentar todos esses desafios com uma série de soluções desconectadas é algo difícil de escalar e insustentável a longo prazo. Só através da consolidação e simplificação das suas arquiteturas de segurança é que as empresas conseguem gerir eficazmente o risco de cibersegurança.